>Injustiça#
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Revestidos interiormente de mármore;
Singela tenda tribal,
Apenas com uma manta para que o frio estagne.
Sol do meio-dia,
Que nos aquece e nos fulmina…
Sol da meia-noite,
Que somente ilumina.
O esbanjo do dinheiro,
Apenas para a aparência….
Tudo para que o fosso aumente,
Entre esses e os quais a fome aumenta.
Parede da fama,
Revestida de egoísmo…
De que vale a quem anda na lama,
O sucesso por outros obtido?!
Lendas de fadas e dragões,
Enganadora de infantis corações…
De nada valem para o futuro,
Revestido de inúmeros vilões.
Chamam ao fado de emoção,
Apenas por vir do coração…
Então que chamarão ao amor,
Quando este só fala de podridão?!
Falam mal do passado,
Que a PIDE já passou ao lado.
Então o que é a AZAE?!
É que também nos obriga a ficar de esforço parado….
Falam mal do Índex,
Da passada falta de expressão,
Então e agora o despedimento ou prisão.
Para quem a um sim politico diz um não?!
Tanta coisa, tanta confusão
Houve no gigante Adamastor…
Hoje as correntes são outras,
E afundam-nos no caminho da dor…
Os Lusíadas, Luís de Camões…
Historia que fazia apenas dos outros vilões.
O resto ficou encharcado,
E nunca chegou a sair do consulado…
Falam de ladrões,
Aos pequenos condenam a pesadas punções…
Mas continuo a ver os burlões,
A enriquecer e a aparecer nas televisões.
Marquês de Pombal,
Dizem-te ter uma importância colossal…
No fundo, foste mais um
A chupar os fundos de Portugal.
Falam de Deus e milagres,
De freiras e de padres…
Mas são ambos também pecadores,
Apenas crentes nas Histórias dos Horrores.
Falam da casa pia,
Caso de encobrimentos.
Acusam-na de pedofilia,
Adiam-lhe os julgamentos.
Terramoto de Lisboa,
Destruiu uma cidade à toa….
Hoje é apenas a criminalidade
Que atormenta esta cidade…
Wall Trate Center,
A maior prova de terrorrismo.
Ninguém teve a culpa,
Foram todos para o abismo.
25 de Abril, Revolução dos cravos
Como tudo anda,
A próxima não será
De gatilhos desapertados…
Bulling diário,
Crianças a sofrer.
Como se há de crescer,
Num ambiente de temer?
Bombas a cair,
Guerras a desabar.
Quando o mundo não for de ninguém,
Aí sim, irá acabar….
Negligência médica,
Negligência familiar…
Ambas a vida de alguém inocente
Irão prejudicar…
Amores traiçoeiros,
Amor de enganar;
Alguém que ama alguém,
Nunca iria encornar…
Falam da crise,
Mas não passam de lucros mal distribuídos…
Se a crise andasse a ganhar,
Não andavas ao telemóvel a falar…
Criança que não muda,
Criança que não cresce.
A tua necessidade muda,
A tua infantilidade permanece.
Anorexia a crescer,
Num mundo de aparências…
O exterior pode interessar,
Mas com o interior temos de lutar…
Igualdade que dizem existir,
Mas superioridade que se vê…
Os intocáveis cá fora a enganar,
Os inocentes lá dentro a dormitar.
Ciúme doentio,
Que por vezes toma proporções exageradas…
Quem ama quer ver o outro feliz,
E não provocar-lhe chagas.
Mas o mundo é assim,
Estilista de conflitos…
E no mundo das injustiças,
A vida perde os sentidos…
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